A publicidade precisa usar a linguagem de seu público-alvo para atingir seu objetivo de venda. Campanhas direcionadas ao público infantil precisam seguir regras regulamentadas por leis e órgãos fiscalizadores.
Especialistas viram a necessidade de regularizar essas campanhas, que antes eram voltadas diretamente a esse consumidor, um público vulnerável e suscetível ao consumo.
Quem era criança nos anos 80, 90 e começo dos anos 2000, com certeza tem fortes lembranças de brinquedos e produtos infantis, com o desejo despertado pelas propagandas que apareciam na TV.
A partir de 2014 o Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) publicou a Resolução 163, que regulamenta a publicidade infantil.
A partir daí as empresas precisaram criar publicidades menos duvidosas e mais educativas.
A campanha se torna abusiva quando o marketing e a divulgação são feitos para convencer a criança e ignoram a autoridade dos pais.
Uma outra abordagem abusiva é através de coação. A campanha coage a criança a comprar algum produto para não se sentir excluída ou inferior.
Hipnose de chocolate
A propaganda do chocolate Batom é um exemplo de campanha que tenta convencer a criança de que ela precisa de determinado produto e a transforma no propagador dele.
A tesoura da discórdia
“Eu tenho, você não tem! Eu tenho você não tem!”, frase conhecida das crianças dos anos 90, sonhando com a tesoura do Mickey Mouse.
Para se adequar à Legislação as campanhas devem seguir normas estabelecidas pela Constituição Federal, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Código de Defesa do Consumidor, o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, além da Resolução 163 do Conanda.
As propagandas não são mais exibidas na TV desde 2014 e personagens animados que remetem ao universo infantil também são proibidos.
Para a felicidade dos mais nostálgicos, muitas das campanhas que marcaram a infância podem ser encontradas no Youtube.
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